Um gene apenas...

O ácido desoxirribonucleico ou ADN é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos.
O código genético de um ser era até há bem pouco tempo, um completo quebra-cabeças para a comunidade que o tentava decifrar. O formato helicoidal da sua composição, fez rodopiar num turbilhão estonteante, a genialidade daqueles que frutuosamente o estudaram. Afinal, dizia-se que ali, no meio daquela serpentina variada, se encontrava a mão do Criador.
Um gene é uma porção de um cromossoma responsável pela transmissão das características hereditárias de uma geração para a outra.
Assim como o ADN é o responsável pela transmissão das características hereditárias de cada espécie, a educação e a formação são os factores que irão ao longo da vida, refinar algumas destas características.
Eu não queria, mas aquela que dizem por aí ter morto o gato, leva-me a perguntar: E um gene sem educação, alguma vez poderá ser genial?

A aprendizagem segundo Robert Mills Gagné

Robert Mills Gagné, no seu livro Conditions of Learning, apresenta o conceito de “Instructional Design” que constitui um importante contributo para a consolidação da base teórica, metodológica e abordagem sistemática à formação dos indivíduos. Na minha perspectiva, os nove passos estabelecidos por ele fazem todo o sentido e são os adequados para satisfazer as necessidades do processo formativo, tornando-o mais interessante e eficiente.
Pessoalmente e como formador, consigo identificar-me com esta teoria de aprendizagem, sendo ela na maioria das vezes, a agulha da bússola que me orienta enquanto executo a minha tarefa na acção de ensinar.
Para se conseguir obter por parte dos formandos a atenção e interesse necessários, compete ao formador criar a motivação adequada para que os conteúdos sejam transmitidos com êxito. Da mesma forma, é importante dar a conhecer no início, os objectivos a atingir no final de cada módulo ou sessão.
A ligação à aula anterior, recordando os conhecimentos transmitidos, além de motivação é também uma forma de o formador verificar se os mesmos foram ou não compreendidos.
Mesmo com uma motivação adequada, a capacidade que os formandos têm de se manterem concentrados pode variar, sendo assim necessário usar uma técnica variada no que concerne à explanação da matéria. Assim, tento sempre usar slides apelativos e se necessário recorrer ao uso de modelos reais. A colocação de questões, a ligação dos conteúdos com a vida real e a promoção da participação por parte dos formandos são estratégias que geralmente resultam muito bem.
A avaliação é também uma parte complexa do processo formativo e requer por parte do formador uma grande sensibilidade, para que de uma forma adequada valide a formação e estabeleça com justiça uma escala entre os formandos.
O último passo deste processo é colocado em prática, quando efectuo a correcção dos testes, fazendo-o em conjunto com os formandos e revendo as respostas que erraram ou que eventualmente tenham suscitado mais dúvidas.
Termino, dizendo que não há duas aulas iguais. No entanto, sempre que possível tento seguir o modelo de Gagné.

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