Um gene apenas...

O ácido desoxirribonucleico ou ADN é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos.
O código genético de um ser era até há bem pouco tempo, um completo quebra-cabeças para a comunidade que o tentava decifrar. O formato helicoidal da sua composição, fez rodopiar num turbilhão estonteante, a genialidade daqueles que frutuosamente o estudaram. Afinal, dizia-se que ali, no meio daquela serpentina variada, se encontrava a mão do Criador.
Um gene é uma porção de um cromossoma responsável pela transmissão das características hereditárias de uma geração para a outra.
Assim como o ADN é o responsável pela transmissão das características hereditárias de cada espécie, a educação e a formação são os factores que irão ao longo da vida, refinar algumas destas características.
Eu não queria, mas aquela que dizem por aí ter morto o gato, leva-me a perguntar: E um gene sem educação, alguma vez poderá ser genial?

Os CET na FAP e o reconhecimento da formação

Apesar de uma rotação completa da Terra durar 24 horas, é incrível a velocidade com que todos os acontecimentos se desenrolam enquanto o planeta gira à sua velocidade natural.
Nesta corrida contra o tempo, cada vez mais temos que nos preocupar em encontrar o enquadramento dentro de um perfil que seja o adequado ao momento. Muitas vezes, não sabemos o que realmente é preciso para nos encaixarmos no modelo desejado e enquanto isso, o tempo passa e as oportunidades muitas vezes desaparecem com ele.
Para se obter sucesso e principalmente atingir patamares de realização pessoal é necessário estar por “dentro de tudo”. Nunca foi tão verdadeira e real a definição de “homem dos sete ofícios”. Hoje, para ser bem sucedido, não basta ser especializado apenas numa determinada área. É necessário conhecer o “todo”! A constante actualização e evolução dos saberes é uma necessidade premente.
Os debates entre a teoria e a prática são infindáveis. Os defensores da prática alegam que a teoria é pouco efectiva, uma vez que sua aplicação é sujeita a condições específicas e particulares. Por outro lado, aqueles que defendem a teoria alegam que os conceitos são as verdadeiras fontes do saber e do conhecimento.
A sociedade actual não é complacente com os menos habilitados e independentemente do grau de formação, cada vez mais procura indivíduos com características que garantam o sucesso de uma determinada tarefa, visando muitas vezes e infelizmente o lucro rápido.
Os Cursos de Especialização Tecnológica surgem como uma nova oportunidade para aqueles que pretendem evoluir e aumentar a capacidade de utilizar o conhecimento, as aptidões e as competências pessoais em situações profissionais e também a capacidade de aplicar os conhecimentos, utilizando os recursos adquiridos para concluir tarefas e solucionar problemas.
O Governo, assumiu entre os seus compromissos, alargar a oferta de formação ao longo da vida para novos públicos e envolver as instituições de ensino superior na expansão da formação pós-secundária, na dupla perspectiva de articulação entre os níveis secundário e superior de ensino e de creditação, para efeitos de prosseguimento de estudos superiores. Depois de terminado o curso, as pessoas que optarem por prosseguir os estudos, poderão candidatar-se ao ensino superior, beneficiando de equivalências a algumas das disciplinas dos cursos de Licenciatura.
A componente de formação prática em contexto de trabalho, tem como objectivo principal proporcionar aos formandos um contacto directo com uma actividade profissional no âmbito da sua formação, dando-lhes a oportunidade de adquirir competências profissionais e pode também ter lugar nas instalações de uma instituição ou empresa designada por “Entidade de Acolhimento”.
As palavras expressas no Decreto-lei 88/2006, demonstram por parte do Governo uma vontade em mudar os horizontes ensombrados que teimam em escurecer o futuro dos jovens que em grande parte debandam das escolas, antes de terem concluído uma formação que lhes dê mais oportunidades de singrar no mercado de trabalho nacional e não só. O Quadro Europeu de Qualificações (QEQ), criado há relativamente pouco tempo, tende a uniformizar as categorias das qualificações obtidas na Europa.
Um indivíduo que complete um CET em Portugal obterá um diploma (DET) de nível de qualificação IV, que terá a mesma validade em qualquer país europeu. Desta forma, a mobilidade profissional nos mercados da Europa será mais ampla e a oportunidade de procurar emprego longe do sítio onde se vive ou se obteve alguma qualificação/experiência profissional, será agora uma alternativa a ter em consideração.
Do ponto de vista económico, a existência de barreiras à mobilidade do género que existe na Europa não é conducente a uma maior eficácia no uso dos recursos humanos; esta unificação do mercado de qualificações aumenta em teoria a competitividade e a qualidade dos produtos e serviços.
O brilho da Força Aérea actual é fruto dos tempos idos, onde a glória obtida pelos pioneiros da aviação militar, fundamentou solidamente os alicerces que hoje sustentam o que é uma moderna organização.
O uso do sextante e da bússola foram a base da orientação dos primeiros aventureiros dos céus. Hoje, esses instrumentos foram substituídos por outros, onde tecnologia de ponta com base na electrónica, orienta com a maior das precisões os audazes pilotos e as modernas aeronaves. Essa tecnologia é também utilizada em equipamentos e aeronaves que pertencem e apoiam a sociedade civil, sendo por isso aceites com relativa facilidade nas empresas do ramo, os militares que deixam as fileiras no final dos contratos.
Nas unidades operacionais, a formação contínua em contexto de trabalho é uma realidade necessária e que contribui para um excelente desempenho por parte do pessoal, em situações de exercício ou em missões de manutenção da paz em que a FAP possa estar envolvida.
A integração dos CET na nossa organização fará todo o sentido, uma vez que por certo cativará um número superior de jovens, que garantirão desta forma uma qualificação reconhecida, não só em Portugal, mas também além fronteiras.
A sabedoria é a arma para coordenarmos a nossa vida profissional e mantermos o nosso currículo em forma, para que possa ser apetecível no mercado. Este é o grande segredo, precisamos aprender, aprender sempre!
Penso ter mostrado com clareza o meu ponto de vista sobre o tema em discussão.
Termino, contrariando a famosa frase que afirma que “o saber não ocupa lugar”. Acreditem que ocupa. Ocupa o lugar da ignorância! E se for reconhecido… tanto melhor!

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